Alguns acertaram em cheio, prevendo uma era populada por viagens espaciais, lasers, computadores e robôs que ajudariam na casa. Bem, a famosa Rosie, auxiliar robótica do lar facilitava a vida no mundo futurista de Os Jetsons, ainda não bem a nossa realidade. Mas estamos cada vez mais próximos disso. Outras previsões, infelizmente, ainda estão longe de acontecer. Teremos que esperar um pouco mais pelos nossos carros voadores ou o tão sonhado hoverboard – o skate voador de  – de De Volta Para o Futuro 2. Porém, um item essencial da vida moderna que, estranhamente, passou batido pela maioria dos escritores, roteiristas e quadrinistas das últimas décadas… foi o smartphone. Até mesmo alguns filmes mais recentes erraram ao retratar como usaríamos esses dispositivos num futuro próximo, deixando de considerar, também, como um só aparelho acumularia tantas funções. Então, que tal embarcar na nossa máquina do tempo – digna de um DeLorean – e relembrar como alguns filmes e séries clássicas retrataram o futuro da computação e da comunicação móvel? Confira a seguir:  

Dick Tracy: o pai do smartwatch

É difícil acreditar, mas há mais de 70 anos, um artista de quadrinhos surgiu com o conceito de um telefone celular que, até hoje, serviu de esperança e inspiração para a comunicação portátil. Chester Gould, criador do ex-detetive policial Dick Tracy em 1931, fez seu personagem usar um rádio de pulso que se parece muito com uma versão rudimentar do Apple Watch. E, em 1964, Tracy modernizou o aparelho para incluir uma televisão de duas vias para o dispositivo. Enquanto outros personagens de quadrinhos de super-heróis e ficção científica ainda usavam rádios antiquados e walkie-talkies para se comunicar, o rádio de pulso Dick Tracy estava muito à frente de seu tempo. Ele serviu como precursor não apenas do celular, mas também do smartwatch moderno.  

Jornada nas Estrelas: o smartphone sem tela

A série original de Jornada nas Estrelas (Star Trek, 1966) povoava a imaginação da década de 1960 com as aventuras do Capitão Kirk e o Sr. Spock nas viagens espaciais com a USS Enterprise. Equipados com uma espécie de comunicador portátil que funcionava quando você abria a tampa, com um movimento do pulso. Definitivamente, este irreverente dispositivo serviu de inspiração para o primeiro “flip phone” que a Motorola lançou em 1996 (na verdade, o primeiro modelo foi chamado de “StarTAC”). Os membros da Frota Estelar também podiam trazer consigo para todos os lugares o chamado “tricorder”, uma espécie de computador portátil com sensores para coletar e comparar dados. É uma pena que os designers do comunicador e do tricorder da série não pensassem em combinar as funções de ambos os dispositivos em um único e singular produto. Verdade seja dita, assim eles estariam bem à frente na previsão da era atual dos smartphones.

2001: Uma Odisséia no Espaço – Newspad

Considerado inquestionavelmente um dos maiores filmes de ficção científica de todos os tempos, 2001: Uma Odisséia no Espaço (2001: A Space Odyssey, 1968) errou feio ao prever colônias lunares e viagens tripuladas a Júpiter ainda naquela década. Mas, a bordo da espaçonave Discovery vemos os astronautas Dave Bowman e Frank Poole com um dispositivo fino para assistir vídeos, que parecem muito com o que conhecemos hoje como um tablet. De fato, a Samsung tentou usar esse exemplo específico há vários anos como parte de sua defesa legal contra a Apple, quando a segunda alegou que sua concorrente havia infringido as patentes de design do iPad para seus tablets Galaxy. A gigante coreana tentou argumentar que o design fazia referência ao modelo de 2001, o tal newspad, porém não foi o suficiente e a Samsung perdeu o processo de qualquer maneira.

Espaço: 1999 – Commlock

Esse programa de TV de curta duração de meados da década de 1970 admitia ter uma premissa realmente boba, por assim dizer. Ambientada em 1999, ela previa a colonização da Lua com mais de 300 pessoas vivendo e trabalhando em uma base – o que a gente sabe que não aconteceu ainda. Todos os residentes da Moonbase Alpha tinham seu próprio comunicador móvel, chamado de Commlock. Ele não apenas oferecia recursos como conversa por vídeo com qualquer pessoa na base, mas também poderia ser usado para abrir remotamente portas e painéis de computador, algo que agora aparece em nossas próprias casas. Às vezes o Commlock era usado na série para “conversar” com o computador principal da  base lunar. Não é bem um “smartphone”, mas considerando que esse show foi produzido na década de 1970, talvez a série estivesse muito a frente de seu tempo.

Jornada nas Estrelas: um wearable para falar

Novas séries e filmes sobre Jornada nas Estrelas, abriram mão do icônico communicator flip. Em seu lugar, está o communicator badge, uma espécie de distintivo de comunicação localizado no lado esquerdo dos uniformes. Tudo o que você precisa fazer é tocá-lo para se comunicar com outros tripulantes ou com o computador da nave. O gadget também pode ser usado como um dispositivo de rastreamento. Assim como o communicator da série original, você também pode comprar um communicator badge que funciona como alto-falante, no site ThinkGeek. Dá para conectá-lo ao seu smartphone e atender chamadas apenas o tocando assim como na série. Esses mesma geração de Star Trek também se utilizava de um Dispositivo de Exibição de Acesso Pessoal, conhecido simplesmente como PADD. Ele era uma espécie de computador portátil com interface baseada em toque. Parece familiar? Foi talvez uma das maiores inspirações para o tablet moderno, embora seus designs sejam definitivamente volumosos em comparação com os dispositivos com telas sensíveis a toques atuais. Muitas vezes, vemos personagens com muitos PADDs em sua mesa ou console, mas isso realmente não faz sentido no mundo real, onde se é possível dar conta de todos os seus afazeres com apenas um “tablet”.  

O Amanhã Nunca Morre: carros controlados à distância

Os filmes de James Bond são famosos pelos gadgets que o Agente 007 obtém da divisão Q. Em O Amanhã Nunca Morre (Tomorrow Never Dies, 1997), o agente britânico usa um celular (o Ericsson JB988) com muitas funções misteriosas e especiais. Além de disparar parafusos elétricos para abrir portas e atordoar inimigos, o modelo possuía um scanner de impressões digitais para levantar a imagem de uma impressão digital para abrir uma porta. Sem dúvidas, no entanto, o uso mais famoso deste telefone por Bond foi quando este dirigiu seu BMW do banco de trás, usando um touchpad no telefone para conduzir o veículo. Ele também pode ativar todos os recursos especiais do carro com o telefone, incluindo a reinflação de pneus, um dispositivo de corte à lá Speed Racer convenientemente incorporado ao logotipo do capô e, é claro, mísseis, porque esse é um carro do James Bond.  

Homem de Ferro 2 – um smartphone transparente

No primeiro filme oficial do universo cinematográfico Marvel,  Tony Stark usa um celular LG VX9400 com uma tela rotativa para conversar em vídeo com seu amigo e, mais tarde spoiler! inimigo, Obadiah Stane. No entanto, para a sequência do filme, Homem de Ferro 2, em 2010, Tony conseguiu algo ainda mais legal; um celular com uma tela transparente. Stark usou esse modelo especificamente quando estava sendo interrogado por um comitê do Senado dos EUA no filme. O aparelho tem um logotipo da LG (você pode vê-lo no canto superior direito), mas isso obviamente não é algo que a empresa realmente venda. Você também pode ver ícones que parecem permitir acesso ao telefone de áudio, e-mail, internet, redes Wi-Fi, segurança, saúde e, sim, a armadura de ferro de Tony.  

Guia do Mochileiro das Galáxias – Tablets dobráveis

Quando o já falecido Douglas Adams apresentou ao mundo a obra Guia do Mochileiro das Galáxias em 1978, a era dos computadores pessoais tinha acabado de começar. O guia fictício foi retratado na peça para o rádio e no romance de 1979 como um “computador pequeno, fino e flexível”. Você poderia digitar qualquer assunto sobre o qual gostaria de saber mais, e o guia lhe daria uma resposta em áudio. Na versão cinematográfica de 2005, o guia se parece com um tablet dobrável, que você abre como um livro normal e vê uma tela com sua interface de usuário animada. É controlado pelo proprietário por meio de comandos de voz. Certamente, parece um pouco com alguns dos designs de smartphone dobráveis de patentes da Samsung e outras empresas. Agora só precisamos que o Bixby seja capaz de responder a qualquer dúvida nossa que eventualmente possamos ter.  

Minority Report: E-Reader/ E-Newspaper

Em 2002, os celulares se tornaram comuns, mas os smartphones ainda estavam a alguns anos de distância. Para o filme Minority Report, de Steven Spielberg, estrelado por Tom Cruise, o diretor consultou especialistas com o propósito de estipular como seria o futuro para o dispositivo no futuro, o resultado pode ser conferido no filme, que busca retratar esta realidade no ano de 2054. Uma ideia mostrada no filme foi uma espécie de e-jornal. Você compraria e leria um jornal eletrônico como um jornal normal, mas seria feito de um material especial que seria constantemente atualizado com as últimas notícias. Hoje, a era do e-jornal chegou, mas na forma de um smartphone, Kindle ou tablet combinado com sites e aplicativos. É altamente improvável que o e-jornal exibido no filme realmente seja desenvolvido, mas pelo menos ele acertou sobre as pessoas receberem notícias atualizadas constantemente em seus dispositivos portáteis.

Earth: Final Conflict – Global

É possível você estar se perguntando: “O que diabos é a Terra: Conflito Final?” A maioria pode nem ter ouvido falar dessa série de ficção científica canadense do final dos anos 90 até o início dos anos 2000. Baseado nos rascunhos e conceitos criados por Gene Roddenberry – o mesmo de Star Trek – a série entregou um dos designs de smartphone mais legais já produzidos pela ficção científica. A tela do telefone do Global saia da lateral do dispositivo principal (um dos primeiros exemplos de uma tela flexível) e oferece basicamente todos os recursos do smartphone moderno. Com displays flexíveis em desenvolvimento, temos que nos perguntar se alguém usará o design do Global para criar algo semelhante em breve.

The Expanse – Telas holográficas

Aqui há um exemplo muito mais recente de como seria um futuro dispositivo portátil de computação e comunicação. Uma das principais obras de ficção científica atuais, The Expanse, é situada muitas décadas além do nosso tempo. As pessoas nesse futuro específico se comunicam e obtêm informações através de terminais de mão translúcidos. Os terminais se conectam sem fio à redes de computadores locais próximas. Eles certamente parecem legais e funcionais, tendo até mesmo alguns recursos de realidade aumentada, que só agora estão começando a aparecer em nossos próprios smartphones. E você, qual gadget de filme mais marcou sua memória?

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