Veja bem, isso é sim uma crítica, pois o que faz com que a magia do cinema seja o que ela é, é a ideia de criar coisas novas. Mas aparentemente Hollywood não quer apostar nisso. Por certo, que muitas vezes o acerto é muito válido, como em Ghosbuster Mais Além, onde a dose certa de nostalgia com um roteiro impecável de ideias novas funciona muito bem, mas as vezes é um Halloween da vida, onde nem mesmo Michael Meyers aguenta mais reviver tanto. Posso dizer de boca cheia que Pânico (5) com certeza está entre os filmes que deram certo. Pânico (5) é a sequência direta dos acontecimentos do filme de 2011, que mostrará a jovem Sam (Melissa Barrera) voltando para sua cidade natal depois de saber que sua irmã mais nova (Jenna Ortega) foi atacada pelo Ghostface. Tentando descobrir quem está cometendo os atuais crimes cruéis, vinte e cinco anos depois que uma série de assassinatos brutais chocou a pacata cidade de Woodsboro, na Califórnia, ela busca ajuda com um cara que já vivenciou os acontecimentos de perto: Xerife Dewey Riley (David Arquette). Para enfrentar Ghostface, Sam precisará revelar um segredo do passado, enquanto investiga a todos ao seu redor, pois qualquer um pode ser ele.

Pânico (5) é o reboot que deu certo

Uma das coisas que mais fazem com que Pânico dê certo, é porque mesmo com a atualidade, e as muitas mudanças na forma de fazer filme de terror, ele ainda se prendeu a raiz de como era feito os filmes slasher nos anos 90: com cenas com muito sangue, uma trilha sonora bem clichê de suspense, e planos fotográfico bem fechados e claustrofóbicos. E aqui, os produtores não tem medo de se manter nos costumeiros do passado, onde a câmera está bem próxima do personagem, acompanhando seus passos, ou de forma mais aberta, mostrando todo o parâmetro, e logo depois um jump-scare. Cenas livres com mortes, sangue para todo lado, e referência de clássicos filmes de terror, até os mais atuais, Pânico ainda se reserva o direito de brincar, zoar, referenciar e jogar easter-egg de torto a direito em seu filme, exatamente pelo qual a franquia é tão conhecida. E não apenas isso, esse filme, também usa a própria franquia de filmes para estabelecer referência. O filme dentro do filme, e isso é tão esperto, que gera cenas geniais, que te coloca na ponta da cadeira com apreensão. Mas também gera bons momentos de risada, exatamente por estar descaradamente brincando com toda a ideia de se referenciar. O retorno de Neve Campbell e Courteney Cox para Pânico é a chave para manter todos os fãs a flor da pele enquanto elas mais uma vez vivem Sidney Prescott e Gale Weathers. As duas estão incríveis em tela e mergulharam muito bem em suas personagens, trazendo a maturidade que é necessária, passando então o bastão para a nova geração. Sem dúvida, esse novo filme da franquia Pânico foi um grande acerto de Hollywood, mas apenas porque os roteiristas parecem entender como funciona a mente do fã. Nostálgico sim, mas entregando algo novo também. Não é pretensioso, não tenta ser mais que o primeiro filme, que é um clássico, homenageia a todo o gênero do terror, zoa a si mesmo quando precisa, e se mantém fiel ao legado que a franquia deixou. É certeiro, e abriu 2022 de forma espetacular. Pânico estreia exclusivamente dia 13 de janeiro nos cinemas.

P nico   o slasher que abre 2022 com maestria - 49