O projeto foi uma iniciativa da própria marca, que convidou diversos profissionais negros para contribuir com o tema e fazer a construção do material junto a uma equipe de cineastas premiados, como Diego Paulino, vencedor do Prêmio Antonieta de Barros, e Renata Martins, ganhadora do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Para a curadoria dos filmes, a Vivo convidou a influenciadora digital Andreza Delgado, que também é cocriadora da Perifacon, uma versão periférica da feira nerd CCXP (Comic Con Experience). Andreza diz que esse é um modelo de parceria diferente de tudo que já havia feito antes. Ela destaca a liberdade de produção que a equipe teve durante todo o processo: O primeiro vídeo publicado é “A garota e as constelações”. Em seu enredo traz uma jovem negra que herda da sua avó uma paixão por astronomia. O roteiro é de Ana Julia Travia com ilustração de Lucas dos Santos Lima, ambos negros. Este episódio inaugural da série tem narração de Lia de Itamaracá, uma das mais conhecidas cantoras de ciranda brasileira. Os próximos vídeos terão narração dos cantores Luedji Luna, Linn da Quebrada e Russo Passapusso. “9 jovens talentos unidos em uma missão: redesenhar o passado e reimaginar o futuro”, diz o manifesto do projeto. “Com a hashtag #FuturoVivo, a marca vai reunir todas as suas ações em seus canais digitais no mês da Consciência Negra para ampliar as discussões do tema nesse período”, diz comunicado da empresa.

Influenciadores digitais negros vão assumir as redes sociais da Vivo

Além desta proposta audiovisual, a Vivo também convidou quatro influenciadores negros para comandar o perfil da empresa no Twitter durante o mês de novembro. Semanalmente, junto ao lançamento dos filmes, Gabi Oliveira, Ale Santos, Laressa Teixeira e Jeferson Delgado devem se revezar para fazer publicações desmitificando alguns conceitos racistas históricos. Gabriela Oliveira, que é a primeira a administrar o perfil da Vivo comentou sobre a iniciativa da empresa e disse que o primeiro episódio tem uma lição muito significativa. “Está uma lindezae nos faz olhar mais para as estrelas. Mas o que a gente não esperava é que a voz que guia Érica tem a participação de alguém especial”, diz, se referindo a Lia. Os filmes devem ser lançados em uma pré-estreia virtual, depois serão divulgados no canal da Vivo no Youtube e nas outras redes sociais da marca.

Empresas estão se empenhando em causas antirracistas

Contribuir com a causa antirracista tem sido uma política de diversas empresas no Brasil. Recentemente, o Magalu anunciou um programa de trainee exclusivo para profissionais negros. Em um primeiro momento, muitas pessoas criticaram a posição da empresa e acusaram de estar praticando “racismo reverso”, se referindo ao preconceito contra brancos. No entanto, a empresa manteve sua posição e justificou que, assim como a sua base de clientes é negra, o topo da pirâmide corporativa também precisa representar essa massa de consumidores. “O Magazine Luiza acredita que uma empresa diversa é uma empresa melhor e mais competitiva. Queremos desenvolver talentos negros, atuar contra o racismo estrutural e ajudar a combater desigualdade brasileira”, disse Patrícia Pugas, diretora executiva de Gestão de Pessoas do grupo Magalu, na ocasião. O período de inscrições para processo seletivo do programa de trainee se encerrou no último dia 12. Agora, os candidatos estão na fase de painéis com a diretoria. Os selecionados devem começar a atuação em janeiro de 2021. Veja o trailler do “Fábulas da Conexão”: E aí, o que achou da iniciativa da Vivo? Se conhece outra empresa que está se empenhando em causas sociais, nos conte aqui nos comentários.

No m s da Consci ncia Negra  Vivo lan a um projeto digital com jovens negros - 22