Segundo o levantamento mais recente do Ministério da Saúde, até quinta-feira (19) o Brasil tinha 621 casos confirmados de COVID-19 e seis mortes causadas pela doença. No mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente são 209.839 casos confirmados e 8.778 mortes. Confira abaixo dicas de como evitar uma possível espiral de ansiedade ao acompanhar os desdobramentos da pandemia.

Evite se deixar levar pela enxurrada de informações

A COVID-19 e o novo coronavírus são perigosos, mas o excesso de informações sobre eles também é. Segundo especialistas e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, acompanhar constantemente a cobertura sobre a pandemia pode causar ansiedade. O ideal é encontrar um ponto de equilíbrio para se manter informado sobre os desdobramentos sem entrar em pânico. A dica é escolher momentos específicos do dia para ler, assistir e/ou ouvir notícias e informações sobre a COVID-19. Outra recomendação importante é escolher fontes confiáveis para consumir essas informações, como a OMS, o Ministério da Saúde e veículos de comunicação nacionais e locais. No caso dos feeds e timelines das redes sociais, além do fluxo de informações ser constante ele acontece nas chamadas “bolhas” criadas pelos filtros e círculos sociais de cada usuário. Isso dá brecha para viralização de fake news (notícias falsas, em tradução livre) e, consequentemente, desinformação. Inclusive, o Facebook adotou práticas para identificar e remover as notícias falsas sobre a doença e o WhatsApp anunciou a doação de US$ 1 milhão para contê-las. Por mais que possa parecer difícil, principalmente em tempos de distanciamento social e quarentena, manter uma certa distância das redes sociais pode fazer bem para sua saúde mental.

Pratique o ‘distanciamento temporal’

Se acompanhar diariamente o crescimento do número de casos confirmados e mortes causadas pelo novo coronavírus te deixar muito angustiado, o distanciamento temporal pode ser útil. De acordo com Ethan Kross, professor de psicologia da Universidade de Michigan, a técnica consiste em analisar as coisas de uma perspectiva a longo prazo. Um exemplo prático é imaginar como seria pensar sobre esse período que estamos enfrentando daqui um (ou mais) anos. Outra recomendação é colocar a pandemia num contexto histórico. “Nós, enquanto sociedade, enfrentamos coisas parecidas no passado e sobrevivemos a elas”, disse o professor.

Se isole mas não tanto

Praticar o distanciamento social é importante para evitar que o novo coronavírus se espalhe e contamine ainda mais pessoas. Só que esse isolamento, junto à preocupação com familiares e amigos, pode se tornar gatilho para estresse, tristeza e ansiedade. Por isso, lembre-se: o isolamento é apenas físico, não completo. Isso significa que ainda é possível cultivar virtualmente, seja por mensagem, chamadas de vídeo e afins, o contato com quem é importante para você. Está sem ideias? Aqui vão algumas sugestões: combinar de assistir alguma série ou filme e comentar depois no grupo da família; jogar algum jogo online com amigos (de Fortnite a Gartic, existem vários para PC, videogames e smartphones); fazer chamadas de áudio ou vídeo em grupo (WhatsApp, Discord e Skype são boas pedidas); e por aí vai.

Faça coisas que te relaxem

Assistir filmes e séries, fazer exercício, desenhar, escrever, ouvir música, cozinhar, meditar. Qualquer coisa que te faça sentir bem e relaxado é válida para preencher esse tempo extra que você vai passar em casa. A psicóloga Asnaani recomenda, também, práticas que sejam prazerosas e mais voltadas para o futuro, para que você tire um pouco sua cabeça do presente.

Por que essa pandemia do novo coronavírus é tão estressante?

Basicamente, porque toda a nossa atenção está focada nos aspectos ameaçadores da situação, segundo o professor de psicologia Kross. E essa ameaça permeia hábitos comuns no nosso dia-a-dia, como colocar as mãos no rosto e cumprimentar pessoas. Além disso, não há muito que se possa fazer para se prevenir da COVID-19 além de lavar as mãos com frequência e evitar ao máximo sair de casa. Esse sentimento de não estar no controle da situação também causa ansiedade, de acordo com a psicóloga Asnaani. “Do ponto de vista evolutivo, controle e segurança é o que mantém nossa espécie viva. Quando nos sentimos ameaçados, tomamos precauções para não morrer”, explica. O objetivo é motivar as pessoas a tomarem atitudes que as mantenham em segurança, mas em alguns casos isso faz com que elas se sintam cada vez mais ansiosas. Por isso é importante conhecer práticas que podem diminuir toda essa ansiedade. É, também, uma questão de saúde pública. Fontes: Wired, Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde (OMS)

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